sábado, 14 de novembro de 2015

Teste: Você está pronta pro mundo que desejou?

Outro dia a Thabata mandou um texto do Blog Macetes de Mãe que falava basicamente sobre o problema da geração atual de mães ter sido criada pra fazer dinheiro e sucesso, não filhos.

A postagem me fez ficar pensando sobre como a gente pode não estar preparado pro que deseja pro futuro.

Ultimamente meu facebook tem sido inundado de debates de gênero. Absurdos como o assédio a menina do Master Chef, perseguição e ameaça de morte a autora do blog feminista Escreva Lola Escreva, textos sobre estupro, machismo, igualdade e as questões relacionadas a "o corpo é meu, não encha o saco".

Com esse vórtice de discussões homem x mulher sempre vem a questão da maternidade, da desigualdade no trabalho e da participação dos homens na criação dos filhos.
Há pouco mais de 2 meses saí do meu último emprego e desde então tenho me dedicado exclusivamente ao Pedro durante o dia.

Esse retorno ao verdadeiro Turno do Dia me expôs a situações que me fizeram pensar se as mães tão ativas e escrevedoras da internet estão prontas pro que desejam. Será que iam gostar do resultado se de repente o mundo fizesse <PLIM> e rolasse uma igualdade total e instantânea? Um mundo onde os homens cresceram preparados pra entender plenamente de gravidez e filhos. Que tal um teste?

Situação 1
O corpo é seu e você faz o que quer. Amamentação é linda, ninguém tem que te esconder ou cobrir. Quem olhar torto pra isso é retrógrado ou tarado.
<PLIM>
Que tal a sala de espera de pediatria com 6 pais dedicados conversando alegremente e você amamentando seu gurizinho? Fica a vontade? Vamos adiante.

Situação 2
Você precisa de uma babá. Após muitas referências acaba ligando pra uma agência e te recomendam a Iraci. Excelente, experiente, ideal pra cuidar da sua menina.
<PLIM>
Quando a Iraci chega vc descobre que ela é "O" Iraci. Que tal? Deu medo? Vamos refletir agora sobre preconceito ou ir adiante?

Situação 3
Escolinha nova. Chega pra deixar seus bebês no traumático primeiro dia e se depara com <PLIM> 4 educadores. Homens barbados. Deixa ou volta?

Situação 4
<PLIM>
O Iraci além de babá é Doula. Contrata? Hmmm...

Situação 5
Vc chegou do trabalho tarada. Quer dar de qualquer jeito. AGORA. O bebê dormiu mas <PLIM> seu campeão ta pregado. Com as costas moídas e só querendo dormir. DE NOVO pela terceira semana consecutiva. Compreensiva?

Situação 6
Vc tem uma posição de liderança em sua empresa. Seu melhor funcionário está no meio de um longo e importante projeto que deve ser entregue em 30 dias.
<PLIM>
Nasce o prematuro dele e você está na mão por 5 meses a partir de hoje. Quantos mais vc contrataria casados nessa faixa de idade?

Este teste não tem resposta. Ele é só mais uma reflexão sobre igualdade e preconceito.

Vejo muita gente gritando por coisas sem ver no entanto algum preparo pra encarar as consequências caso aquilo seja conquistado. Talvez nem os gritadores acreditem no que pedem e assim se sentem seguros.

Posso estar errado, mas fala a verdade: quem não se arrepiou quando imaginou o Iraci?

Este post rendeu outro. Clique aqui para ver a continuação.


37 comentários:

  1. Já te disse que você é genial?
    Já!
    Vou falar de novo: ge ni al.

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  2. Já te disse que você é genial?
    Já!
    Vou falar de novo: ge ni al.

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  3. Tá tranquilo Flávio.
    Uma grande parte dos blogs sobre maternagem refletem os questionamentos da elite ou no máximo, da classe média. Mulher pobre não tem dinheiro pra contratar um Iraci, e vai ao pediatra do posto de saúde (nem tem lugar pra sentar pra amamentar então), deixa a criança na creche e não na escolinha particular com método montessori/régio Emília/o caralho...
    Na Suécia, que dizem ser um dos países mais feministas do mundo a galera tem preconceito - e muito - com professor na educação infantil. Há pais que não deixam os filhos em escolinhas onde homens trabalham...
    Enfim, não concordo nem discordo, mas não, não teria o parto com o Iraci porque acredito que uma doula tem que ter experiência de parto normal.
    Abraços

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    1. Oi Maria Helena.
      Meu blog fala a classe média. É um blog em primeira pessoa e por isso não teria como falar a muito mais ricos ou muito mais pobres que eu.
      Quanto ao "doulo", direito seu escolher quem contrata, claro, mas vc não confia em ginecologista homem?

      Abs.

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    2. Aproveitando para me meter aqui também, acredito haver uma grande diferença entre examinar-diagnosticar-medicar e parir, né? Tipo total diferença, talvez. A sua tentativa de silenciar a amiga alí me pareceu meio sem nexo. ;-)

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    3. Os obstetras orientam e fazem partos, não? Se é possivel um obstetra é possivel um "doulo", na minha opinião.
      Não tentei silenciar ninguém. A sessão de comentários está escancarada. Nem palavrão eu filtro.
      Estou colocando uma situação invertida para que as pessoas reflitam quando pregam a igualdade geral. A reflexão é: "Tenho preferência ou tenho preconceito"?

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    4. Ah tá! Achei que você tava falando de ginecologista! Tá certo então.. obstetra é ok. ;-)

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    5. Gente. Só gostaria de esclarecer um ponto:
      "Doula" é a mulher que informa, apoia e serve a gestante antes e no trabalho de parto. Doula "não faz parto!" Quem acompanha a evolução do trabalho de parto são os seguintes profissionais: obstetra, obstetriz e enfermeira obstétrica. DOULA NÃO TEM FORMAÇÃO PARA ACOMPANHAR EVOLUÇÃO DE TRABALHO DE PARTO, SOMENTE DE SERVIR A MULHER, COM MASSAGENS, DAR COMIDA NA BOCA, ETC....NADA ALÉM!
      Obrigada, bjs

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    6. Oi Anonimo aí de cima, eu sei o que é uma doula, e bem por isso acho que não contrataria uma doula que não tem experiência de parto vaginal. Eu me preparei e me empoderei o máximo antes do meu parto e sabe o quê? Quebrei a cara. Depois disso cheguei a conclusão de que apenas a experiencia é que nos faz entender um parto vaginal. Além do mais não vejo porque pagar para uma pessoa me apoiar durante o parto (alguém que nunca pariu) se meu marido se comporta excelentemente no papel. Flávio, eu já fui muitas vezes a gineco homem, é esquisito, mas consulta ginecológica nenhuma é confortável... nunca fui a um obstetra.
      Abraços, não deixe de escrever!

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  4. Legal erguer essas lebres, mas para mim tudo tranquilo, só acho que "um mundo onde os homens cresceram preparados pra entender plenamente de gravidez e filhos" talvez não seja necessário babás(trabalho de origem escravagista). Nesse mundo perfeito também provavelmente os humanos sejam mais respeitados e não precisem do capitalismo maldito onde prazos são mais respeitados e vistos como mais importantes do que a vida de um recém-nascido prematuro(sendo ele seu ou do seu 'empregado'). Apenas talvez né... mas eu gosto de poder colocar as tetas para fora para amamentar sem os homens(aqueles que não cresceram compreendendo a origem natural da vida) olharem para meus peitos com vontade. ;)

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    1. Betarocks: babás são desnecessárias num contexto de família por perto. Eu e minha mulher por exemplo vivemos geograficamente distantes de nossa familia. Nosso filho ficou doente, precisando ser cuidado em casa. Tinhamos acabado de fazer nossa casa, estavamos com reserva financeria muito baixa e se um de nós dois abandonasse o emprego a casa caía. Cada um de nós conseguiu deslocar o turno de trabalho em 4 horas 3x por semana pra fica com ele meio periodo. O outro meio nao tinha jeito, veio a babá. Qual a sua sugestão nesse caso?
      Quanto ao capitalismo maldito, se essa nossa internet aqui cair e te informarem que vc vai ficar sem por 1 mes porque os tecnicos estao cuidando de suas familias, vc vai ficar com raiva ou satisfeita por um mundo mais justo?
      Quanto a olhar suas tetas com vontade enquanto vc amamenta... bom doença mental não se discute, se trata ;-)

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    2. Eu ficaria muito satisfeita com um mundo mais justo, ainda que isso me custasse uma internet por um mês ou dois. Agradeço por ter um senso de coletividade muito do bom onde realmente não consigo achar que minha internet valha mais do que o cuidado a uma criança doente, mesmo que ache difícil acabarem todos os técnicos do país já que nem todos são pais, e os que são, nem todos cuidam de suas famílias, mas enfim...
      Não tenho sugestão para o seu caso porque eu acredito que vocês tenham feito o que melhor parecia haver no momento, e quando falei de babás, parti de um princípio de um mundo ideal, aquele que você iniciou o seu texto utilizando. Mas se quer saber o que EU faria, trataria de achar algum amigo(a) que pudesse me ajudar nessa hora (faz parte ajudar e ser ajudado).
      Sobre as tetas, não é doença mental, é machismo entranhado mesmo.
      Sabe, Flávio, percebi que você não é muito receptivo com comentários no seu blog (apenas com os de elogio), e percebi também que comentários de feministas parecem te agredir de alguma maneira, por isso fico por aqui, mas antes quero deixar uma dica(não solicitada): omi, não mexa no vespeiro. e por último, relaxa que eu não vou te achar um doente mental por não entender que o mundo vai muito além da sua classe média, vou apenas entender que é machismo entranhado... sorte do dia? não precisa de remédio, apenas desconstrução mesmo! ;-)

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    3. Oi de novo. Sim, ha milhares de tecnicos de internet, mas tenho certeza que vc entendeu o exercicio. Que bom que pense assim.

      Sobre a babá, não sei de sua experiência de vida, idade ou relacionamentos. Mas há momentos que a gente se ve sem ter com quem contar. Eu queria que vc explicasse melhor a história do escravista na babá. Eu seria babá sem problemas e acho uma profissão muito bonita.

      Sobre ser receptivo: se não o fosse não teria uma sessão de comentários que sequer tem moderação. Só não sou obrigado a concordar. Debato. Pode ter certeza que há algumas falas feministas que me agridem. Sobretudo aquelas cheias de generalizações. Quando discordo, coloco meu ponto eu vou continuar debatendo. Eu não vivo do blog, então não espere que vou falar coisas que agradem a todxs.

      Sobre sua dica dos vespeiros: mexo e continuarei mexendo. Nenhuma causa é tão pura que não possa ser questionada de vez em quando. Indique meu blog pra suas vespas favoritas e vamos trocar idéia.

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    4. Não, o seu tom não é de debate respeitoso, mas tudo bem, essas coisas eu ensino ao meu filho.
      Vou deixar uns links, leia, e comente lá mesmo com as manas que estão na posição de poder falar de si mesmas e sua posição. Estar disposto a desconstruir é lindo. Ninguém está cheio de razão em nada e todos temos que descontruir todos os dias o machismo que foi construído por toda a nossa vida. Entenda que para debater qualquer assunto nesse âmbito, precisamos enxergar os outros degraus, mesmo que você ocupe a classe média, nada te impede de ouvir e respeitar as outras visões de mundo que -pasme- existem e merecem respeito assim como a sua.

      https://www.facebook.com/NaoKahlo/photos/a.462417117265293.1073741842.313545132152493/459794894194182/

      http://nadasobcontrole.com/2015/04/23/mulher-negra-empregada-domestica-origem-escravista-e-manutencao-de-castas-sociais/

      (tentei mandar para minhas vespas favoritas, mas elas não se interessaram muito pelo seu caso. estão ocupadas, mas quem sabe um dia tenha esse privilégio de debater com elas... por enquanto fique comigo aqui, que apenas te admirava por alguns posts, mas enxerguei que você é homem, e bem, faz homisse. ;-))

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    5. Muito bem. Eu vou tentar de novo.

      Sobre a classe média: eu não sei quanto vc leu do blog ou do perfil de facebook. Mas meu blog funciona como um diário. Conto aqui meus erros e acertos e como tenho a infelicidade de ser parte da classe média, as questões que exponho são de classe média. Minha única bandeira levantada aqui é "fazer que os pais se liguem que o cuidado dos filhos também é assunto deles".

      Não há como abraçar todas as lutas, e isso não significa indiferença.
      Eu perdoo a sua ironia quanto a minha classe social porque você não me conhece e eu não vou perder meu tempo explicando porque vc está sendo extremamente injusta.

      Aproveitando, acho que vc tem um baita preconceito pra resolver sobre as babás. Não consigo mesmo ver relação entre os links que vc passou e alguém que por um tempo trabalhou em minha casa e que, diga-se de passagem, merecidamente ganhou por dia mais que eu mesmo ganhava na época. A escravidão é uma vergonha, a herança que ela deixou é uma vergonha mas o fato da profissão de babá ter surgido ali não diminui em nada as babás. Afinal, se elas são remuneradas adequadamente, qual é o ponto contra vc fazer das tripas coração pra ter uma babá caso seja necessário?

      Finalmente, sobre meu tom: vejo que para você tom respeitoso é aquele que concorda com você. Nesse caso eu sou bastante desrespeitoso mesmo. Você está certa quanto a homem fazer homisse. Vc não imagina a homisse diária que rola por aqui. Aliás... hora de fazer a janta do Pedro. Se quiser continuar, só amanhã.

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    6. Não, não quero continuar , Flávio. Espero de verdade que um dia você consiga enxergar e entender tudo o que eu falei e os textos que te recomendei. (só para constar, até pouco tempo atrás eu também não via problema nenhum em ter/ser babá, a desconstrução é diária.)
      Já li teu blog todo, desde que começou sempre achei muito bacana a sua bandeira do ""fazer que os pais se liguem que o cuidado dos filhos também é assunto deles"" e por isso assino sua newsletter desde então.
      Nunca comentei porque sempre concordei mais do que discordei, mas dessa vez sua palavras não foram muito bem colocadas, na minha opinião (não solicitada) e resolvi tentar.
      Para terminar, não estou desmerecendo as sua qualidades como pai, você está certíssimo em arcar com suas responsabilidades na criação do Pedro e sabe disso. E sabe também que homens como você são minoria. Mas homens que enxergam o feminismo como amigo e não inimigo são mais minoria ainda e te garanto que o mundo para o Pedro e para o meu Mateus será bem melhor sem as pressões que o machismo impõe a todos nós(o machismo não é bom para os homens também.) Então acho de verdade que vale a pena tentar desconstruir mais um pouquinho sempre.
      Até.

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    7. "Estou colocando uma situação invertida para que as pessoas reflitam quando pregam a igualdade geral. A reflexão é: "Tenho preferência ou tenho preconceito"?"
      http://4.bp.blogspot.com/-FaAQLvs0qbQ/VkcL3Aces5I/AAAAAAAACtQ/YIhLEEzqaZ0/s1600/1%2Ba%2Ba%2Ba%2Ba%2Bfeminismo%2Bse%2Bo%2Bmundo%2Bfosse%2Bdiferente.png

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    8. Eu não vejo o feminismo como inimigo. Ele é necessário por tudo isso que vc comentou. Só que eu vejo muita com essa bandeira fazendo generalizações bestas e caindo em contradições. Por isso convidei a um debate.
      Você já falou que eu sou machista, elitista, alienado e acho que até racista em algum lugar. Acho lamentável uma pessoa que fala contra o preconceito me julgar assim rapidamente só porque eu mexi no seu vespeiro intocável.
      Uma das coisas que mais me aborrece quando essas questões vem a tona é que muitas ativistas parecem querer uma revanche. Um revide por tantos anos de preconceito e discriminação. Isso só as faz tão pequenas quando os milhões de machistas que temos hoje.
      Eu acho uma lástima vc vir aqui dizer que "sou homem e faço homisse" só porque eu usei meu blog para desafiar as pessoas a pensarem fora do piloto automático. Não existe sequer uma palavra desrespeitosa, um preconceito, um pre-julgamento no post e vc escolheu brigar comigo porque eu não concordo com 100% do discurso que vc gosta.
      É justamente por essas coisas que eu mexo no vespeiro. Porque no que vc escolhe alguém como eu pra jogar pedra me parece que é maior o interesse em brigar do que em conquistar algo.
      Outra coisa: o que vc me convida a "entender" está entendido. Mas e se por acaso eu tiver uma opinião diferente? As lutas das minorias não são justamente pela diversidade de atitude e pensamento? Só porque eu discordo de alguma parte significa que eu não entendo?
      Sinceramente eu já não sei qual é o seu ponto. Então resolvi perguntar: o que exatamente te desagradou nisso tudo?

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    9. Teve preconceito, teve pre-julgamento, teve desrespeito, mas você ainda não conseguiu enxergar.
      E eu não briguei, apenas estou debatendo uma coisa que não concordo, assim como você falou que estava fazendo.
      Quando você realmente entender, não terá uma opinião diferente porque inclusive vai entender que você não tem que opinar no feminismo. Você concordar ou se calar, mas homem não opina no feminismo.

      Não gaste mais seu tempo comigo. As coisas tem o seu tempo de acontecer, hoje você está indignado por "não poder ter sua opinião", amanhã poderá entender e lembrará daquela chatinha que comentou no blog.
      Fique em paz de verdade, de coração.
      (o que me desagradou já foi debatido, leia de novo.)

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    10. Não se preocupe, eu gosto de escrever.

      Quando o argumento vira "quando voce evoluir vai concordar comigo" acaba a discussão. Fica ombro a ombro com fanatismo religioso e com fanático não se discute.

      Eu fui falar sobre isso aqui com gente que tem menos ódio e mais clareza nas idéias e finalmente entendi o que você quer dizer. O próximo post é sobre isso.

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    11. Não se trata de evoluir, mas de enxergar coisas de outros prismas. E eu fico feliz que tenha entendido, não sou boa mesmo com explicar o que para mim já se tornou óbvio, perdoa.
      :)

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  5. O mais hilario do blog é ver esses comentarios feministas. Huahauauahauaauahauh.

    Muito boa sua publicação, e cara, cada dia que passa você me surpreende. Quando for pai, vou tentar ser igual a você.

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    1. Sacanagem hein, falar pro cara que o mais hilário do blog são os comentários... poxa, ele se esforça tanto para ser engraçado e você falando que o mais engraçado é a parte que não depende dele... :)

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    2. Betarocks
      Quando não conhecemos o dia a dia de uma pessoa, como ela é, o que faz e como vive, melhor não ironizar com comentarios desnecessarios, julgar o que não conhece, melhor é o silencio.

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    3. "desnecessário" é um julgamento ao meu comentário. você não me conhece, não sabe o que eu faço ou como eu vivo, então o melhor para você é o silêncio? :?

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    4. Ele não quis ser engraçado em nenhum momento na verdade. Não vi nenhuma piada ali em cima.

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  6. Genteeeeee isso rendeu hein Flávio!!! Não tinha visto esse post... Até eu entrei na conversa rsrsrs
    Acho interessante esse debate... Existe de fato muitoooooo mimimi ...

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  7. Sabe Flávio eu me imaginei em todas as situações que você propôs, porém quando você propõe as situações, me parece que você tem o interesse de mostrar o outro lado (a outra pessoa), de modo a levar o leitor a sentir empatia por quem está do outro lado, quando na realidade entendo que essas questões estão além disso (de se mostrar empático)....
    Acho que o ponto principal neste seu artigo, não é "se estamos preparados para essas mudanças", e sim, "será que a cultura estaria adequada, para eu me portar como seria o ideal? "

    Vou deixar abaixo (no campo respostas) minhas reflexões sobre as situações, para que se entenda como cheguei nesta considerações

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    4. Na situação 1, eu gostaria de ficar a vontade, sem me sentir estuprada com olhares "sexuais", para algo tão natural como amamentar (afinal somos mamíferos) e acho o fim do mundo ter que esconder a cara do meu bebê e a teta com pano, porque os homens ainda se sentem no direito de olhar assim, só porque ele é " homem" e homem "pode" tudo (machista)!
      Já em uma situação onde os homens são educados a levar isso com naturalidade, sem ficarem excitados com uma mulher amamentando e sem invadi-la com olhares sexuais, eu me sentiria muito feliz e muito tranquila em uma sala assim...

      Na 2 situação, realmente eu ficaria "duvidosa", porque hoje os homens não cuidam de crianças como " babás", então eu ficaria em dúvida se meu filho teria realmente um bom tratamento e cuidados com o Araci.
      Já, se hoje houvesse uma cultura onde os homens se interessassem por isso e sabendo de que isso é real e está funcionando pois há vários babás homens por aí, certamente eu não teria receio algum de deixar meu filho para o Araci cuidar.

      Na situação 3, eu deixaria numa boa, porque já estou acostumada com esse contexto, tive vários professores homens quando criança e trabalhei com outros(professores infantis), então não sentiria receio.

      Na situação 4, eu preferiria outra mulher, não por preconceito, mas por afinidade na questão de "parir", sei que ela talvez pudesse entender meus sinais femininos. por ter órgãos reprodutores como os meus e por ter passado por essa experiência, então isso pesaria muito para mim.

      Na situação 5, olha, acho que aí que " o bicho pega", porque assim, o homem sempre tenta que a mulher se coloque no lugar dele na questão sexual, principalmente após os filhos, mas devido a nossa cultura e vida que levamos hoje a mulher se sobrecarrega com as atividades maternas, caseiras e em muitos casos trabalha fora. E o homem continua com sua vida praticamente igual a de antes, e acha que tem o direito de que a mulher esteja disponivel para o sexo,só porque ele tá doido para trepar e tem direito, porque trabalhou o dia todo e a mulher não pode negar ele, por mais de uma, duas, três ou mais vezes consecutivas. Mas tirando isso à parte, penso que a relação sexual está além disso, é preciso ter mais do que "doidêra para dar/transar", é preciso ter amor, carinho, afeto, atenção, cuidados, uma série de coisas que vem antes do ato em sí, logo... foi um comentário um tanto " machista" o seu, rsrs....

      Na situação 6, pois é o mercado de trabalho quer maquinas produtivas e não pessoas! Então neste caso, um empresário que vai legitimar as questões familiares e emocionais de seu funcionário, certamente deverá se preparar para lidar com questões como essas, há opções para tudo, como um freelancer backup, etc. Certamente um funcionário que é considerado como um ser completo , que além de produtivo ele é pai, tem sentimentos, família, saúde a zelar e etc. Será um funcionário que se dedicará mais e talvez tratá até mais produção e lucro para a empresa, por se sentir feliz...
      Mas o que acontece hoje em dia é que o "ser humano",.está se tornando "ser mecânico", tanto chefes quanto funcionários, e para justificar sua mecanicidade, usam discursos como o que você usou neste exemplo, daí este seu pensamento....

      Então penso que é natural que você pense assim, estamos todos compartilhando de uma mesma cultura, em algumas coisas resignifiquei minhas opiniões, em outras às vezes reajo cheia de discursos preconceituosos, sem perceber, porque acabamos naturalizando tudo isso... O que não significa que se deve passar em branco, mas que pode ser discutido e refletido sempre que houver necessidade.

      Pode ser que eu esteja completamente equivocada e talvez daqui a pouco eu resignifique tudo o que eu acredito agora, mas por enquanto é assim que penso.

      Bjos, continue escrevendo, adoro te ler!
      (Obs: Já li seu novo post, hehehe)

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  8. E, no fundo mesmo, era só isso que eu queria dizer, sabe, Dani..
    Obrigada!!!

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