sexta-feira, 24 de julho de 2015

A dança das camas

Eu sempre desci a lenha em quem leva bebê pra dormir na cama com o casal.
Desculpa aí pessoal que lê o blog e faz isso mas eu acho um absurdo. Coisa de gente fraca e sem paciência que não sabe dominar a situação.

Assim que eu recuperar minha metade da cama, juro que vou ensinar como faz.

Pois é... briguei contra isso o quanto pude, mas em algum momento da história o Pedro veio parar no meio da nossa cama. Pô filho! Sabe quanto custou aquele berço?

Descobri tomando a tradicional surra-de-pai que nessa fase a criança não dorme se não estiver encostada nos pais, ou pior, na mãe - o que elimina qualquer possibilidade de revezamento.
Até surge a brilhante idéia de deitar do lado do guri lá no quarto dele mesmo. Foi aí descobri meu primeiro equivoco na dança das camas.

Além de ter sido enganado pela auto-confiança de manter minha cria em seu próprio colchão ainda caí no conto do berço.

"É mais caro, mas depois vc tira esses parafusos, abaixa aqui e ali e ele vira uma cama! Cabe bem até uns 6 anos. Super econômico!".

Uma ova. O berço que vira cama é uma bela porcaria que no modo cama fica alto demais do chão - e portanto perigoso pra uma criança que se mexe mais que um saci - sem falar que mantem a fragilidade de berço. O que te impede de se encolher ali pra controlar a situação.

Vamos comprar uma caminha!

Brilhante! Uma caminha de criança. Essa sim vai durar até uns 6 anos. Podemos comprar uma daquelas sem pé, bem baixinha e ta resolvido.

Aí um belo dia fomos na casa da Olívia que dorme numa dessas e descobrimos que além do conto do berço existe o conto da caminha.

"To torto. Preciso dormir no chão do lado dessa merda se não quiser levá-la pra nossa cama" - Resmungou meu quebrado cumpadre.

Caminha cancelada.

Sem solução e com o Pedro cada vez mais espaçoso, comecei abandonar a minha cama e ir pra um colchão. mas aquilo não dava pra aceitar. Eu precisava da minha cama e minha senhora de volta pelo menos durante a noite.

Já que eu não dormia direito mesmo, usei isso pra pensar em alguma coisa. Cama grande... baixa... que possa acomodar um pai/mãe até o pequeno dormir.

Desmontei o berço e mandei fazer um colchão. 1,35 x 1,35. Praticamente um berço de casal. Desse tamanho ele pode se bater a vontade e se cair o chão ta logo ali. Se chorar, cabe um de nós encolhido ali do lado até dormir de novo. Parece bom.

Faz 12 noites que essa opção está em funcionamento. Ainda acontece bastante de ter que ir parar na nossa cama mas ta 7 x 5 pro colchão. Bem melhor que o 100 x 0 que eu vinha tomando.

Vamos aguardar.





3 comentários:

  1. Vou te contar dois segredos,mesmo sabendo que vc não vai acreditar
    1- essa fase passa e rapidinho
    2- daqui a dez anos vc vai sentir falta dele correndo pra sua cama de casal de madrugada...

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  2. Eu não sou mãe Flávio, mas parece que todos os pais passam por isso. Eu tb gostava de dormir na cama da mãe. Eu e o Álvaro disputávamos a vaga quando o pai viajava. O aconcbego da mãe é muito bom. Relaxa, é normal.

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  3. Hahahahaha!
    Ainda bem que você não parou de escrever.
    Estava lendo o post da casa e esse aqui e me vi neles. Estamos de reforma porque temos um guri... e dede repende o marido diz: quando terminarnos a reforma o Benjamin vai dormir no quarto dele...
    Ainda nem está perto de terminar a reforma então acho que até lá já vamos ver o resultado aí da sua ideia do colchão...

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